Hipertrofia adenoamigdaliana ou Hipertrofia de amígdalas e de adenóides, a famosa carne esponjosa.
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A hipertrofia adenoamigdaliana refere-se ao aumento do tamanho das amígdalas e/ou adenóides, que são estruturas do sistema linfático localizadas na parte de trás da garganta e nasais, respectivamente. Essa condição é comum em crianças, mas também pode afetar adultos. A hipertrofia adenoamigdaliana pode causar obstrução respiratória, roncos, respiração bucal, infecções frequentes do ouvido, entre outros sintomas. O tratamento pode incluir medidas clínicas, como medicamentos, ou cirúrgicas, como a remoção das amígdalas e/ou adenóides.
Muitas pessoas chamam as adenóides de carne esponjosa, mas não consideramos esse o melhor termo a ser utilizado.
Os sintomas da hipertrofia adenoamigdaliana podem variar de acordo com o grau de aumento das amígdalas e adenoides, e também podem variar entre crianças e adultos. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
Sintomas:
- Roncos ou respiração ruidosa durante o sono;
- Respiração pela boca;
- Dificuldade para respirar durante o sono;
- Dificuldade para dormir ou sono agitado;
- Apneia do sono (parada respiratória temporária durante o sono);
- Resfriados e infecções respiratórias frequentes;
- Dor de garganta;
- Dificuldade para engolir;
- Aumento do risco de infecções de ouvido;
- Dificuldade de concentração, hiperatividade e fadiga diurna.
Se você ou seu filho apresentar algum desses sintomas, é importante consultar um médico otorrinolaringologista para avaliação e tratamento adequados.
O diagnóstico da hipertrofia adenoamigdaliana é realizado por meio de uma avaliação clínica e otorrinolaringológica, incluindo a análise dos sintomas, histórico médico e um exame físico da garganta e nariz.
Um médico otorrinolaringologista pode fazer diversas perguntas para investigar o diagnóstico de hipertrofia de amígdalas e adenóides. Algumas das perguntas mais comuns incluem:
- O médico pode perguntar sobre sintomas como dor de garganta, dificuldade para respirar, roncos, apneia do sono, entre outros.
- Você tem histórico de infecções frequentes na garganta? A presença de infecções frequentes pode indicar a presença de hipertrofia adenoamigdaliana.
- Você tem algum problema respiratório ou alérgico? Problemas respiratórios ou alérgicos podem estar relacionados à hipertrofia adenoamigdaliana.
- Você já teve problemas de deglutição? A hipertrofia adenoamigdaliana pode causar dificuldade para engolir alimentos sólidos.
- Você tem problemas de fala ou voz? A hipertrofia adenoamigdaliana pode afetar a qualidade da voz.
- Você tem alguma outra condição médica? Algumas condições médicas, como síndrome de Down, podem estar associadas à hipertrofia adenoamigdaliana.
Essas perguntas ajudam o médico a entender melhor o quadro clínico do paciente e a orientar o diagnóstico e tratamento adequados.
Além disso, alguns exames complementares podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da condição. Os principais exames utilizados são:
- Radiografia de cavum ou nasofaringe: exame de imagem que pode ser utilizado para avaliar o tamanho das amígdalas e adenóides;
- Nasofibrolaringoscopia ou Endoscopia nasal: exame que permite visualizar a parte de trás do nariz, onde se encontram as adenoides;
- Polissonografia: exame que avalia a qualidade do sono e a presença de apneia do sono;
É importante lembrar que a indicação e escolha dos exames complementares dependem do caso individual de cada paciente, e o médico otorrinolaringologista irá orientar qual exame é mais adequado para cada situação.
O tratamento da hipertrofia adenoamigdaliana pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e a idade do paciente. Em alguns casos, medidas clínicas podem ser suficientes para aliviar os sintomas, como o uso de sprays nasais e anti-histamínicos. Enquanto em outros casos pode ser necessária a remoção das amígdalas e/ou adenóides.
Algumas opções de tratamento incluem:
- Observação e monitoramento: Em casos leves, pode ser recomendado apenas observação e monitoramento dos sintomas para avaliar a evolução da condição.
- Tratamento clínico: O tratamento clínico pode incluir o uso de medicamentos, como corticóides, antibióticos e antialérgicos, para reduzir a inflamação das amígdalas e adenoides e controlar os sintomas.
- Terapia respiratória: Em casos de roncos e apneia do sono, a terapia respiratória pode ser recomendada para melhorar a qualidade do sono e reduzir os sintomas. Esta terapia pode incluir o uso de dispositivos respiratórios, como o CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), que ajudam a manter as vias respiratórias abertas durante o sono.
- Cirurgia de adenoidectomia e amigdalectomia: Quando a hipertrofia adenoamigdaliana causa sintomas graves e não responde ao tratamento clínico, a cirurgia de adenoamigdalectomia pode ser necessária para remover as amígdalas e/ou adenóides. A cirurgia é geralmente segura e eficaz, e pode ser realizada por meio de técnicas convencionais ou cirurgias minimamente invasivas, como a cirurgia a laser.
O tratamento adequado da hipertrofia adenoamigdaliana deve ser orientado por um médico otorrinolaringologista, que irá avaliar o caso individualmente e recomendar a melhor abordagem para cada paciente.
A hipertrofia de amígdalas e adenóides em crianças pode levar a várias complicações se não for tratada adequadamente. Aqui estão algumas possíveis complicações:
- Infecções recorrentes do trato respiratório superior: a presença de amígdalas e adenóides aumentados pode levar a infecções respiratórias superiores frequentes, como amigdalite, faringite, sinusite e otite média.
- Dificuldade respiratória: o tamanho aumentado das amígdalas e adenóides pode obstruir as vias aéreas superiores, levando a dificuldades respiratórias, especialmente durante o sono. Isso pode levar a ronco, apneia do sono e respiração pela boca.
- Distúrbios do sono: a obstrução das vias aéreas superiores pode levar a distúrbios do sono, como apneia do sono e insônia, o que pode levar a fadiga diurna, sonolência e diminuição do desempenho escolar.
- Problemas de fala e linguagem: a obstrução das vias aéreas superiores pode afetar a fala e a linguagem da criança, especialmente quando há um envolvimento significativo das adenoides, com o desenvolvimento de otite serosa crônica e perda auditiva.
- Problemas de crescimento: em casos raros, a hipertrofia de amígdalas e adenóides pode levar a problemas de crescimento e desenvolvimento em crianças, que podem apresentar baixo ganho de peso pela dificuldade de alimentação.
- Problemas dentários: a respiração pela boca pode levar a problemas dentários, como cárie dentária, mau hálito e alterações na mordida e no alinhamento dos dentes.
Algumas das anomalias craniofaciais estão relacionadas à hipertrofia de amígdalas e adenóides, enquanto outras podem ser independentes do problema, entre elas, podemos citar:
- Face longa e estreita: a obstrução das vias aéreas superiores pode levar a uma face mais longa e estreita, já que a respiração pela boca causa uma pressão diferente sobre os ossos faciais.
- Palato ogival: o palato ogival é uma deformidade em que o arco do palato é mais alto e estreito do que o normal, o que pode estar relacionado à respiração pela boca.
- Mandíbula pequena: a hipertrofia de amígdalas e adenoides pode afetar o desenvolvimento da mandíbula, resultando em uma mandíbula menor do que o normal.
- Alterações na posição dos dentes: a respiração pela boca pode afetar o alinhamento dos dentes e causar problemas dentários, como a má oclusão.
É importante tratar a hipertrofia de amígdalas e adenoides para prevenir essas complicações e melhorar a qualidade de vida da criança. O tratamento pode envolver medicamentos, como antibióticos, ou cirurgia para remover as amígdalas e adenóides.
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Responsável técnico: Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)
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