Perda Auditiva

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Perda auditiva:  escute bem e seja mais feliz!

Nesse artigo, vamos entender: 

  1. Qual é a causa mais comum de perda auditiva?
  2. Quais são os fatores de risco para a perda auditiva?
  3. Quais são as opções de tratamento para a perda auditiva?
  4. Quais são os exames utilizados para diagnosticar a perda auditiva?
  5. Quais são as opções de reabilitação auditiva disponíveis?
  6. Quais são os diferentes tipos de cirurgia de ouvido e em que casos elas são recomendadas?

A perda auditiva gradual associada ao envelhecimento (presbiacusia) é uma condição comum, afetando quase metade dos indivíduos com mais de 65 anos nos Estados Unidos. A perda auditiva é classificada em três tipos: condutiva (envolvendo o ouvido externo ou médio), sensorioneural (envolvendo o ouvido interno) e mista (combinação dos dois). 

O envelhecimento e a exposição crônica a ruídos altos são fatores que contribuem para a perda auditiva, enquanto outros fatores, como excesso de cera, podem afetar temporariamente a condução dos sons pelos ouvidos. Embora a maioria dos tipos de perda auditiva não possa ser revertida, o paciente pode trabalhar em conjunto com o médico ou um especialista em audição para melhorar a sua capacidade auditiva.

Os sinais e sintomas de perda auditiva incluem abafamento da fala e outros sons, dificuldade em entender palavras, especialmente em ambientes ruidosos ou em meio a uma multidão, problemas para ouvir consoantes, solicitação frequente para que as pessoas falem mais devagar, claramente e em voz alta, necessidade de aumentar o volume da televisão ou do rádio, retirada de conversas e evitação de alguns ambientes sociais.

Causas de perda auditiva incluem o acúmulo gradual de cera, que pode bloquear o canal auditivo e impedir a condução de ondas sonoras, afetando a audição, mas a remoção da cera pode ajudar a restaurar a capacidade auditiva. Infecções de ouvido, crescimentos de tumores e a ruptura do tímpano, causada por explosões de ruído alto, mudanças abruptas de pressão, objetos que cutucam o tímpano ou infecções, também podem afetar a audição.

Além disso, existem diversos outros fatores que podem levar à perda auditiva. O envelhecimento pode resultar na degeneração das estruturas da orelha interna. A exposição a ruídos altos, seja em ambientes ocupacionais ou recreativos, pode causar danos às células do ouvido interno. Alguns medicamentos, como antibióticos e quimioterápicos, também podem danificar o ouvido interno. Além disso, certas doenças, como meningite, podem afetar a cóclea e resultar em perda auditiva.

A hereditariedade também pode ser um fator de risco, tornando algumas pessoas mais suscetíveis a danos no ouvido causados pelo som ou pelo envelhecimento. É importante tomar medidas preventivas, como evitar exposição prolongada a ruídos altos e usar proteção auditiva em ambientes barulhentos.

A perda auditiva pode acarretar em uma significativa redução na qualidade de vida. Indivíduos idosos com perda auditiva podem experimentar sentimentos de depressão, uma vez que a dificuldade em manter uma conversa pode levar à sensação de isolamento social. Além disso, a perda auditiva está correlacionada com declínio cognitivo e comprometimento da capacidade mental. Atualmente, o mecanismo de interação entre perda auditiva, comprometimento cognitivo, depressão e isolamento social está sendo investigado de forma ativa. Pesquisas iniciais sugerem que o tratamento da perda auditiva pode ter um efeito positivo no desempenho cognitivo em idosos, particularmente na memória.

Existem vários exames que podem ser usados para diagnosticar a perda auditiva. Alguns dos mais comuns incluem:

  • Audiometria tonal e vocal: exame que avalia a capacidade auditiva do paciente em detectar sons de diferentes frequências e intensidades, bem como a habilidade de entender palavras.
  • Impedanciometria: exame que avalia o funcionamento do sistema auditivo, verificando a pressão no ouvido médio e a mobilidade do tímpano.
  • Emissões otoacústicas: exame que mede os sons produzidos pela cóclea quando estimulada por um som.
  • Potenciais evocados auditivos: exame que avalia a resposta do sistema nervoso auditivo a estímulos sonoros.
  • Testes de processamento auditivo: exames que avaliam como o cérebro processa informações sonoras, incluindo a capacidade de compreender a fala em ambientes ruidosos.
  • Ressonância magnéticas e tomografia da orelhas

É possível que o médico realize uma série de perguntas, dentre elas:

  • Como você descreveria seus sintomas? Você está sentindo dor ou drenagem nos ouvidos afetados?
  • Seus sintomas apareceram de forma repentina?
  • Você percebe zumbidos, ruídos ou assobios nos ouvidos?
  • Além da perda auditiva, seus sintomas incluem tonturas ou problemas de equilíbrio?
  • Você tem histórico de infecções de ouvido, lesão ou cirurgia nos ouvidos?
  • Alguma vez você já trabalhou em um ambiente com alto nível de ruído, como pilotar aviões ou estar em combate militar?
  • Alguma vez sua família já reclamou que você aumenta demais o volume da televisão ou do rádio?
  • Você tem dificuldade para entender pessoas que falam baixo?
  • É difícil entender conversas pelo telefone?
  • Você frequentemente precisa pedir para que as pessoas repitam o que disseram? Isso acontece com mais frequência em lugares barulhentos, como um restaurante cheio?
  • É possível ouvir o som de uma moeda caindo no chão ou uma porta se fechando?
  • Você consegue ouvir quando alguém se aproxima por trás?
  • Se sua audição for prejudicada, isso afeta sua qualidade de vida?
  • Você estaria disposto a experimentar um aparelho auditivo?

 

É importante lembrar que o tipo de exame utilizado dependerá das características da perda auditiva apresentada pelo paciente, da idade, e de outros fatores que o médico pode considerar relevantes.

Tratamentos para surdez:

  • Remoção de cerume
  • Aparelhos auditivos: são dispositivos eletrônicos usados na orelha ou atrás dela para amplificar o som e melhorar a audição.
  • Implante coclear: é um dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente que estimula diretamente o nervo auditivo, permitindo a percepção de sons para pessoas com surdez severa ou profunda.
  • Terapia de reabilitação auditiva: inclui treinamento auditivo, terapia da fala e terapia ocupacional para ajudar a melhorar a capacidade de comunicação e a qualidade de vida dos pacientes com perda auditiva.
  • Implante de condução óssea: é um dispositivo implantado cirurgicamente que transmite o som através dos ossos do crânio diretamente para o ouvido interno, usado em casos de perda auditiva condutiva ou mista.
  • Implante de ouvido médio: é um dispositivo implantado cirurgicamente que amplifica as vibrações sonoras antes de serem transmitidas ao ouvido interno, utilizado em casos de perda auditiva condutiva.
  • Timpanoplastia: é a reparação cirúrgica do tímpano perfurado ou danificado.
  • Mastoidectomia: é a remoção cirúrgica do osso mastóide para tratar infecções crônicas do ouvido ou para remover tumores.
  • Estapedectomia: é a remoção cirúrgica do estribo (um dos ossos do ouvido médio) para tratar a otosclerose, uma doença que causa rigidez do estribo e resulta em perda auditiva condutiva.

 

A reabilitação auditiva é importante para pacientes com surdez porque pode ajudá-los a:

  1. Melhorar a comunicação: A reabilitação auditiva pode ajudar os pacientes a melhorar a compreensão da fala e a capacidade de se comunicar com outras pessoas, tornando-os mais independentes e capazes de participar de atividades sociais e profissionais.
  2. Aumentar a qualidade de vida: A reabilitação auditiva pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a sensação de isolamento e melhorando a capacidade de ouvir e apreciar música, televisão e outras formas de entretenimento.
  3. Melhorar o desempenho escolar e profissional: Para crianças com surdez, a reabilitação auditiva pode ajudar a melhorar o desempenho escolar e a capacidade de aprendizado. Para adultos, pode melhorar a capacidade de desempenho no trabalho.
  4. Prevenir problemas adicionais: A reabilitação auditiva pode ajudar a prevenir problemas de saúde adicionais, como dor de cabeça, estresse e fadiga, que podem ser causados por esforço excessivo para ouvir e compreender a fala.

 

Em resumo, a reabilitação auditiva é importante para pacientes com surdez porque pode ajudá-los a melhorar a comunicação, aumentar a qualidade de vida, melhorar o desempenho escolar e profissional e prevenir problemas adicionais.

É importante ressaltar que o tratamento mais adequado para cada paciente depende da causa e do grau da perda auditiva, e deve ser discutido com um profissional especializado em saúde auditiva.

Conte conosco para realizar uma avaliação completa  e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.

Responsável técnico: Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)

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