Polissonografia é um exame médico que mede diversas variáveis fisiológicas enquanto o paciente dorme. É amplamente utilizado no diagnóstico de distúrbios do sono, como apneia do sono, ronco, insônia e síndrome das pernas inquietas, entre outros.
Durante a polissonografia, sensores são colocados no corpo do paciente para medir a atividade elétrica do cérebro, a atividade dos músculos, os movimentos oculares, o fluxo de ar nas vias respiratórias, a frequência cardíaca e a saturação de oxigênio no sangue. Esses sensores são conectados a um computador que registra as informações coletadas durante o sono.
O exame é geralmente realizado em uma clínica do sono ou de forma domiciliar e o paciente é monitorado durante toda a noite. Os resultados são analisados por um médico especialista em distúrbios do sono, que interpreta os dados coletados e fornece um diagnóstico e tratamento adequados.
A polissonografia é um exame seguro e não invasivo, mas pode ser desconfortável para alguns pacientes, pois os sensores devem ser fixados no corpo durante a noite. No entanto, é um procedimento importante para diagnosticar e tratar distúrbios do sono, o que pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
Quais as vantagens na realização da polissonografia domiciliar?
A polissonografia domiciliar (polissonografia tipo 2 ou 3), é uma opção alternativa à polissonografia convencional que é realizada em clínicas do sono. Nesse tipo de exame, o paciente realiza a monitorização do sono em casa, utilizando um dispositivo portátil de registro dos sinais fisiológicos.
As principais vantagens da polissonografia domiciliar incluem:
- Conforto: A polissonografia domiciliar é geralmente mais confortável do que a polissonografia convencional, pois o paciente pode dormir em sua própria cama, com seu próprio travesseiro e não precisa se adaptar a um novo ambiente.
- Flexibilidade: A polissonografia domiciliar oferece maior flexibilidade para o paciente em relação ao horário de realização do exame, o que pode ser importante para pessoas que trabalham em turnos ou têm dificuldade em se deslocar até a clínica do sono.
- Facilidade de uso: Os dispositivos portáteis de polissonografia são geralmente fáceis de usar, com sensores autoadesivos e equipamento menor.
- Precisão: A polissonografia domiciliar é tão precisa quanto a polissonografia convencional na detecção de distúrbios do sono, como a apneia do sono, ronco e movimentos periódicos das pernas.
Qual a classificação de gravidade da síndrome da apnéia obstrutiva do sono, obtida pela polissonografia?
A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é classificada em relação à sua gravidade com base no índice de apneia-hipopneia (IAH) – que é o número de eventos de apneia (interrupção completa da respiração) e hipopneia (redução parcial da respiração) que ocorrem durante uma hora de sono.
A classificação de gravidade da SAOS é a seguinte:
- SAOS leve: IAH entre 5 e 14 eventos por hora de sono.
- SAOS moderada: IAH entre 15 e 29 eventos por hora de sono.
- SAOS grave: IAH igual ou superior a 30 eventos por hora de sono.
Essa classificação é importante para determinar o tratamento mais adequado para a SAOS, pois a gravidade da condição pode afetar a escolha da terapia e a probabilidade de complicações a longo prazo, como doenças cardiovasculares. Por exemplo, para casos leves a moderados, a terapia com aparelhos orais ou terapia posicional pode ser recomendada, enquanto a terapia com pressão positiva contínua nas vias respiratórias (CPAP) é mais comum para casos graves.
O diagnóstico e a classificação da gravidade da SAOS devem ser feitos por um médico especialista em otorrinolaringologia, com base em avaliação clínica e resultados de polissonografia.
Conte conosco para realizar uma avaliação completa e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.
Responsável técnico: Dr. Bruno Rossini (CRM-SP 115697; RQE:34828)
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